Oportunidade ímpar

Em cinco meses a pandemia parou o mundo e tornou-se um quebra-cabeças global da humanidade que sofre com a falta de conhecimento necessário para manter a moral, costumes e sua estrutura econômica.

Lideranças políticas mostram-se despreparadas para administrar a situação e como baratas tontas, ora seguem o rumo determinado pelos especialistas de saúde, ora a pressão da mídia e, poucos talvez, sua intuição sendo mais responsáveis. O resultado é deplorável: caos nos hospitais, economia derretendo, cidadãos confinados talvez sem motivo ou causa comprovada, e um certo desespero pontual naqueles que são movidos pelo pânico ou medo constante insuflado pela midia mais perdida ainda e muitas vezes aproveitando o momento para esquentar o assunto no viés político.

No Brasil a participação estapafúrdia dos agentes é notória e aqui o ambiente político tempera a situação criando situações ainda mais agudas. Trata-se de um país continental com diferentes focos de surto que se comportam e explicam-se de forma diferente. A situação é um mel para o “sistema” que precisava mais força para reagir a nova ordem. Ficou mais difícil implantar uma economia liberal, estimular o viés patriótico e conservador nos costumes e tentar derrubar o fisiologismo na relação entre o executivo e o Congresso. O vírus ajuda a atrapalhar. Caíram os ministros da saude e em seguida o da justiça. Isto ocupa o Presidente em meio a administração da pandemia e fica claro que estamos como todo o mundo despreparados para enfrentar o que acontece. Porém temos agravantes. Políticos que deveriam estar respondendo com saude pública e ações na economia estão focados em salvar ‘votos” e responder para uma mídia desonesta. Pontos de vista diferentes do governo federal e de alguns governadores e prefeitos ao invés de ser temas para debate produtivo são tratados de forma radical e com oportunismo golpista. Neste momento cabe a cada cidadão agarrar-se a seus valores, sua família e ao seu problema particular. A informação esta aí, a tecnologia das redes sociais permite novas vozes com novos conceitos, diferentes daqueles que alimentaram este monstro burocrático que é o Brasil de hoje, representado por um judiciário que quer executar e por um Congresso que quer se servir eternamente. Tudo temperado por uma midia falida que teima em bater pé no histórico convencional vantajoso que a alimentou por todos estes anos. Estamos diante de uma enorme oportunidade na medida que conseguirmos normalizar a sociedade, voltar ao trabalho e seguir o caminho de profundas reformas, quiçá constitucionais por inteiro para contemplar nosso povo.